quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Quando Lennon encontra Vandré

– Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não! Nas escolas, nas ruas, campos, construções...

– Vocês dizem que querem uma revolução. Bom, você sabe que nós todos queremos mudar o mundo. E você diz que isso é evolução...

– Pelos campos há fome em grandes plantações…

– Você disse que tem uma solução real...

– Sim! Vem, vamos embora, que esperar não é saber!

– Mas se você quer dinheiro para as pessoas com ódio em mente... eu te digo que você tem que esperar.

– Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

– Mas se vocês estão falando em destruição... você já não sabe que não poderá contar comigo?

– Vocês ainda fazem da flor seu mais forte refrão, acreditam nas flores vencendo o canhão…

– E vocês me pedem contribuição... ora, todos nós fazemos aquilo que podemos.

– Mas há soldados armados, amados ou não, quase todos perdidos de armas na mão. Lá nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição: de morrer pela pátria e viver sem razão. Bem, eu te digo, nas escolas, nas ruas, campos, construções, somos todos soldados, armados ou não!

– Ora vamos, não sabe você que vai ficar tudo bem?

– Sim, com os amores na mente e as flores no chão, a certeza na frente e a história na mão!

– Bobagem. Vocês dizem que querem mudar até a constituição. Bom, sabe, nós adoraríamos mudar sua cabeça!

– E enquanto isso, pelas ruas, vão marchando indecisos cordões...

– Você me diz que tudo isso é a instituição... Cara, é melhor você libertar sua mente.

– Nós estamos caminhando, cantando e seguindo a canção, aprendendo e ensinando uma nova lição.

– Como se ficar andando por aí levantando fotos do presidente Mao fosse convencer alguém.

– De todo modo, esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos meus professores, com carinho

Hoje é o dia dos professores. Eu já não saberia mais como colocar palavras para prestar homenagem àqueles que são tão essenciais para a sociedade, apesar de, como sabemos, serem pouco ou nada por ela valorizados. Deixo aqui, portanto, apenas o meu sincero agradecimento.


Ah, professor, quantas vezes você não ficou desanimado? Quantas vezes você olhou para seus alunos e, depois de tanto empenho, percebeu tanto desinteresse ou, por vezes, completa ingratidão ou desrespeito? Confessa, você já pensou em desistir. Ao menos uma vez, você já pensou, não pensou? Mas aí, aquele aluno aparece, ele pergunta, ele questiona, ele passa a ser seu admirador. Você você jogou muitas sementes, e ali, naquela pessoa, uma delas encontrou um campo fértil. Misturou-se com outras sementes, brotou, cresceu, gerou os próprios frutos. Ela tomou forma, consistência, e espalhou novas sementes. E então você descobre que aquele aluno não era o único, as sementes brotaram em diferentes campos, geraram diferentes frutos e seguiram seus ciclos. Você pensou, mas não desistiu, porque valeu a pena. E ainda vale, não vale?


Meus professores, sejam da faculdade de artes, do cursinho pré-vestibular ou das letras, a vocês - não só a meus pais - devo a formação de meu pensamento crítico que, embora uma metamorfose ambulante, constrói-se nas bases de um campo cujas sementes foram em meu cerne por vocês plantadas e por mim cultivadas. Muito obrigada, sem cada um de vocês eu não seria hoje a pessoa que sou; tampouco poderia ser a que ainda virá.


Desejo-lhes um merecido feliz dia dos professores.