Certa vez li em um texto na Web a respeito da receita da felicidade e o mundo de auto ajuda presente nos periódicos que encontramos em qualquer fila de supermercado. Pensei sobre o quanto aquilo era verdade.
Observe a inúmera quantidade de revistas que podem mudar de capa sem jamais alterar o conteúdo. Receitas infinitas para emagrecer, encontrar o homem ideal e ser feliz no amor, ser imbatível na cama, ter todas as mulheres aos seus pés e ser dono de uma saúde impecável. Parece até que, se você seguir todo o passo a passo ali contido, a felicidade está garantida. É quase possível acreditar que o Emplasto Brás Cubas existe.
Vivemos em uma espécie de ditadura da felicidade, o objetivo de vida da sociedade contemporânea passou a ser a busca incessante por ela, perde-se tanto tempo nessa busca que se torna quase impossível encontrá-la. Já não é possível acreditar em felicidade sem realização profissional com situação financeira plena e estável. A partir daí vale tudo para atingir um objetivo, os meios passam a justificar os fins, o fins o começo e o começo todo o resto.
No entanto, não quero dizer com isso que deve-se acomodar com a atual situação na qual se encontra. É a eterna busca pelo conhecimento a responsável pelo crescimento. Afinal, evolução faz parte da vida desde que o mundo é mundo, ou então estaríamos até hoje reinventando a roda e batendo pedra pra ver se sai fogo.
Tentar ser feliz não é legal, é chato, todo mundo faz isso. Bom mesmo é ser criativo, ao invés de buscar receitas prontas para encontrar o Emplasto que levou o personagem de Machado de Assis ao óbito, talvez seja o caso de refletir e perceber que célebre frase assinada por Roy Goodman é de fato uma grande verdade. “Felicidade é um modo de viajar, não o destino.”