terça-feira, 24 de novembro de 2015
Por que eu preciso de um dia da consciência negra?
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Museu da Tristeza
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Ao meu mais improvável amigo
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Sobre a tolerância e o respeito
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Fotografia: acesso e banalização
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Mas é só um elogio!
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
A bolha cor-de-rosa
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Procura-se Humanidade
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Eu sempre quis ser eu
Eu sempre quis ser eu. Eu com o que tenho, eu com algo mais. Se alguém está viajando e eu sinto inveja, quero ser eu em outra viagem, jamais ser quem está viajando, naquela viagem. Se eu quero muito dinheiro, queria ser eu com um belo montante, e não ser aquele milionário, com aquele dinheiro, naquela vida. Outras pessoas têm outros amores, outros desejos, outras vontades, outros problemas. Eu quero o que é meu, o que desejo, tudo o que me faz ser eu.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
Três palavras. Ou mais ou menos isso.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Todo o ódio aos livros de colorir
terça-feira, 19 de maio de 2015
Diálogos do Trem - Relacionamentos
- [...]
- Grosso, eu?
- [...]
- Ah tá, tá bom. Em que momento eu fui grosso?
- [...]
- Ah, tá. Claro.
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- É, no Natal eu preciso estar em Minas, fia.
- [...]
- Da um jeito na tua vidinha que eu preciso dar um jeito na minha, ou vou acabar matando aquele desgraçado.
- [...]
- Eu to ruim, to péssima... Falta pouco pra eu matar aquele desgraçado.
- [...]
- Eu já peguei quatro anos fia, mais dez anos vai ser fichinha, não aguento mais aquele coisa ruim.
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- Letícia, eu quero passar informações de conhecimento pra você... Se você não quer tudo bem!
- [...]
- Ah, mas Letícia, só porque eu tenho mulher eu não posso ir pra sua casa?
- [...]
- Letícia... Não, Letícia, me escuta, me escuta! Quando você me conheceu... Deixa eu falar, quando você me conheceu você me conheceu casado.
- [...]
- Você me conheceu casado, Letícia, eu não era solteiro, eu não sou solteiro, eu não tenho culpa se você não pode ir onde eu estou, porra, se toca, cara!
-[...]
- Não, Letícia, eu não desliguei na sua cara, eu tava no meu quarto colocando meu filho pra dormir... Contando uma historia pra ele.
- [...]
- Não, Lê, eu não desliguei na sua cara! A ligação caiu! Sua filha da puta! Vou dar uma porrada na sua cara! Se eu tivesse aí você tomava logo umas duas bolachas pra você aprender.
- [...]
- Não, Letícia, não! Poxa, me ouve... foi até minha mulher que foi me avisar que o telefone tava tocando, a ligação caiu mesmo...
- [...]
- Mas que diacho de amor é esse que você diz que sente por mim? Que amor é esse você não é nem capaz de me entender?
- [...]
- Você não é a outra Letícia, você sabe que não é, você nunca foi nem nunca vai ser pra mim a outra, essa palavra não existe no meu vocabulário, você sabe disso, Lê, você sabe que eu te amo!
- [...]
- Eu amo você, você sabe disso, eu amo a nossa princesinha, demais....
- [...]
- É claro que eu vou no aniversário dela, Letícia...
- [...]
- Não Letícia, não... E mulher não nasceu para ser compreendida, nasceu para ser amada, e você sabe que te amo, e ainda assim eu compreendo você, eu te entendo, e te respeito.
- [...]
- Não, Lê, eu não tenho outra, você sabe que não, é apenas o meu jeito... Não não, não é só quando eu quero que a gente se fala, é só quando dá tempo, olha, não estamos falando agora?
- [...]
- Não, Letícia, não... Não! Olha, você sabe disso... Letícia, Letícia! ....
... Desligou... Puta que pariu, plena segunda feira e essa mulher faz isso...
[Tenta ligar de volta inúmeras vezes, e então ela finalmente atende]
- Alô, oi, oi, tá me ouvindo? Tá mais calma agora?
- [...]
- Eu sei que você não está nervosa, é, eu sei, você estava só desabafando, é, eu sei, eu entendo...
[E assim, descendo do trem, continua...]
segunda-feira, 23 de março de 2015
E o presente?
Existe.
E a insegurança?
Também.
E o incerto?
É o futuro.
E o certo?
Não sei.
E o desejo?
Presente.
E a saudade?
Também.
E o futuro?
Incerto.
E os planos?
Futuros.
E o presente?
Em curso.
terça-feira, 17 de março de 2015
Inegavelmente Bentinho
segunda-feira, 16 de março de 2015
Amor...
Amor... amor é o que se sente, mesmo que sem palavras. Não há definição, nem medidor de intensidade, não existe hora pra surgir nem momento pra crescer. Amor é fraterno, é romântico, é o que se manifesta em risos, abraços, beijos, saudades e lágrimas. É sofrer mesmo sem querer, é rir, é chorar. Amor... amor é tudo aquilo que eu sinto quando penso em você.
quinta-feira, 12 de março de 2015
A volta da pantera
segunda-feira, 9 de março de 2015
O brilho eterno de uma mente sem lembranças
Fico imaginando se a coisa atinge a escala do inimaginável e alcança o nosso propósito de esquecer o que nos causa sofrimento. Ao sentirmos uma dor emocional muito forte, bastaria apagar a(s) lembrança(s) que a(s) causa(m). Haveria gente apagando vidas inteiras: a existência de alguém que morreu, anos de relacionamentos amorosos culminados em decepção ou frustração de um coração partido, acidentes traumáticos, experiências negativas que resultaram, de alguma forma, em algum aprendizado. E, de repente, os mesmos erros estariam sendo repetidos um atrás do outro por pessoas repletas de buracos existenciais. Sem a referência da dor, já nem saberíamos o que é felicidade.
Mas confesso, já quis mesmo esquecer. Apagar a memória por raiva ou apenas por não suportar o sofrimento que tira o sono, a fome, apaga as cores, elimina os aromas e os sabores. Ter memória seletiva seria útil em determinadas fases da vida. Que a felicidade não é uma constante e que ela é um meio e não o destino, já sabemos, duro mesmo é a contradição de desejar esquecer nossos sonhos mais doces, as memórias mais lindas e os momentos mais felizes em nome de apagar a tristeza que essas lembranças atualmente nos causa. Talvez seja apenas um paradoxo temporal, ou talvez precisemos delas para perceber que estamos vivos e que somos capazes de rir e de chorar com a mesma emoção e intensidade.
sexta-feira, 6 de março de 2015
Teatro
Uso máscaras, maquiagens e figurinos incorporando-os ao meu dia a dia e interpretando com maestria o meu eu social. Monto-me pela manhã, represento uma personagem no decorrer das horas e sou capaz de convencer que ela sou eu; firme, inteira e forte. Mas é quando me desmonto sozinha, no silêncio da noite, que o rímel dos olhos de princesa se transforma na maquiagem do Alice Cooper.
A pantera
Eu estava deitada na rede próxima ao rio do quintal quando apareceu uma pantera negra. Ela tentava me atacar, mas, depois de dominá-la, tornei-me sua dona, embora ela pensasse o contrário. A única coisa chata é ter que trancá-la num quarto durante a minha ausência para que ela não comesse os gatos e o cachorro. Eu tentei mandá-la embora, deixá-la livre, mas a casa era grande, rústica e confortável, com uma cachoeira no quintal que caía sobre o rio que se estendia por longos metros além da vista, e a pantera passava horas estirada ali na margem sob o sol. Decidiu, portanto, que era mais cômodo instalar-se em minha humilde residência do que viver seu instinto caçador (ainda que ela resolvesse praticá-lo com os bichos da casa). E foi assim que ela entrou em minha vida.
Dispo-me
quarta-feira, 4 de março de 2015
Jogo da Vida
segunda-feira, 2 de março de 2015
Alegria da menina
domingo, 1 de março de 2015
Na prosa poesia
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Recomeço
A escolha.
Foi.
Minha.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Deságua
Lá fora chove aqui dentro. Inunda, afoga, transborda pelos olhos. A vida, deságua, o cansaço, deságua, o medo, deságua, a dor, deságua, o aperto, deságua, deságua, a mágoa.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Das grandes coisas
Recentemente li uma crônica que falava sobre pequenas coisas da vida, de como estamos repletos delas; nós nos afogamos nelas. São as pequenas coisas da vida que nos consomem, que nos apequenam. Aprendemos a vida toda que temos que valorizar as pequenas coisas. A verdade é que precisamos mesmo é das grandes coisas.
Nosso cotidiano cheio de problemas, por maiores que estes sejam e nos consumam, é que é pequeno. Aquele pôr do sol, que nos maravilha os olhos, é grande. Um beijo é grande. Um abraço é grande. Um filme é grande. Um livro é grande. Momentos de prazer são grandes. Tudo que nos faz realmente feliz ou, de alguma forma, nos transmite paz, é realmente enorme. São das grandes coisas da vida que precisamos, porque são elas que nos engrandecem. São pequenos ou grandes, breves ou intensos prazeres, mas sempre grandes coisas.
As pequenas coisas têm tomado tanto espaço em nossas vidas que falta tempo para as grandes, amedrontadas, encurraladas, acuadas grandes coisas que fogem assustadas, escapam por entre os dedos. Atualmente tenho vivido demais as muitas pequenas coisas que me engolem todos os dias e que às vezes ofuscam o brilho das grandes. Mas, dia a dia, vou buscando cada vez mais as grandes coisas ao longo do caminho da vida e assim amenizar o enorme peso das inevitáveis pequenas.
Da desimportância das pequenas coisas: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/renato-essenfelder/da-desimportancia-das-pequenas-coisas-da-vida/
sábado, 7 de fevereiro de 2015
Crônica do amor à vida
- Mas uma adolescente não está preparada para ser mãe, é o corpo dela, é escolha dela. Ademais, muitas vezes a criança vai ser colocada numa situação degradante de vida e...
- Pensasse nisso antes! Tem idade pra fazer filho então tem idade pra criar também.
- Mas, e aquelas mães com tantos filhos sem condições de criar e...
- Não sei porque pobre faz tanto filho se não tem como criar, depois fica pedindo bolsa esmola, esse bando de vagabundo.
- Se essas familias fossem orientadas, tivessem a mesma igualdade de oportunidades, ou tivesse a chance de acesso a um aborto seguro...
- Aborto é assassinato! Atentado contra a vida... Um crime perante Deus e à lei!
[Maria teve oito filhos, alguns foram frutos de estupro do próprio marido. Ela sofria todo tipo de violência em casa. Seus filhos cresceram vendo o pai batendo nela, e neles. João, o filho do meio, se perdeu no meio das drogas o qual cresceu, um dia, meteu-se num assalto para comprá-las]
NOTICIA NA TV INTERROMPE A CONVERSA
"E hoje mais um criminoso foi pego por justiceiros, João da Silva assaltou um casal, levando carteiras e celulares. Foi reconhecido alguns dias depois e sofreu as consequências do seu crime: acorrentado a um poste, apanhou até perder os sentidos"
VOLTA A CONVERSA
- Nossa, que horror!
- Pra mim é pouco, bandido bom é bandido morto! Tinha que matar esse filho da puta!
Ah, o amor cristão à vida...