segunda-feira, 23 de março de 2015
E o presente?
Existe.
E a insegurança?
Também.
E o incerto?
É o futuro.
E o certo?
Não sei.
E o desejo?
Presente.
E a saudade?
Também.
E o futuro?
Incerto.
E os planos?
Futuros.
E o presente?
Em curso.
terça-feira, 17 de março de 2015
Inegavelmente Bentinho
segunda-feira, 16 de março de 2015
Amor...
Amor... amor é o que se sente, mesmo que sem palavras. Não há definição, nem medidor de intensidade, não existe hora pra surgir nem momento pra crescer. Amor é fraterno, é romântico, é o que se manifesta em risos, abraços, beijos, saudades e lágrimas. É sofrer mesmo sem querer, é rir, é chorar. Amor... amor é tudo aquilo que eu sinto quando penso em você.
quinta-feira, 12 de março de 2015
A volta da pantera
segunda-feira, 9 de março de 2015
O brilho eterno de uma mente sem lembranças
Fico imaginando se a coisa atinge a escala do inimaginável e alcança o nosso propósito de esquecer o que nos causa sofrimento. Ao sentirmos uma dor emocional muito forte, bastaria apagar a(s) lembrança(s) que a(s) causa(m). Haveria gente apagando vidas inteiras: a existência de alguém que morreu, anos de relacionamentos amorosos culminados em decepção ou frustração de um coração partido, acidentes traumáticos, experiências negativas que resultaram, de alguma forma, em algum aprendizado. E, de repente, os mesmos erros estariam sendo repetidos um atrás do outro por pessoas repletas de buracos existenciais. Sem a referência da dor, já nem saberíamos o que é felicidade.
Mas confesso, já quis mesmo esquecer. Apagar a memória por raiva ou apenas por não suportar o sofrimento que tira o sono, a fome, apaga as cores, elimina os aromas e os sabores. Ter memória seletiva seria útil em determinadas fases da vida. Que a felicidade não é uma constante e que ela é um meio e não o destino, já sabemos, duro mesmo é a contradição de desejar esquecer nossos sonhos mais doces, as memórias mais lindas e os momentos mais felizes em nome de apagar a tristeza que essas lembranças atualmente nos causa. Talvez seja apenas um paradoxo temporal, ou talvez precisemos delas para perceber que estamos vivos e que somos capazes de rir e de chorar com a mesma emoção e intensidade.
sexta-feira, 6 de março de 2015
Teatro
Uso máscaras, maquiagens e figurinos incorporando-os ao meu dia a dia e interpretando com maestria o meu eu social. Monto-me pela manhã, represento uma personagem no decorrer das horas e sou capaz de convencer que ela sou eu; firme, inteira e forte. Mas é quando me desmonto sozinha, no silêncio da noite, que o rímel dos olhos de princesa se transforma na maquiagem do Alice Cooper.
A pantera
Eu estava deitada na rede próxima ao rio do quintal quando apareceu uma pantera negra. Ela tentava me atacar, mas, depois de dominá-la, tornei-me sua dona, embora ela pensasse o contrário. A única coisa chata é ter que trancá-la num quarto durante a minha ausência para que ela não comesse os gatos e o cachorro. Eu tentei mandá-la embora, deixá-la livre, mas a casa era grande, rústica e confortável, com uma cachoeira no quintal que caía sobre o rio que se estendia por longos metros além da vista, e a pantera passava horas estirada ali na margem sob o sol. Decidiu, portanto, que era mais cômodo instalar-se em minha humilde residência do que viver seu instinto caçador (ainda que ela resolvesse praticá-lo com os bichos da casa). E foi assim que ela entrou em minha vida.