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Eu me solidarizo com você e com tudo que você provavelmente irá passar. Você vai amar, e vai amar muito. Talvez ele corresponda, só não talvez da forma que você espera ou mereça. Você vai se entregar de corpo e alma, e você será capaz de despertar o melhor dele e ele será capaz de despertar o melhor de você. Infelizmente, o pior também. Ele provavelmente irá se esforçar muito por não querer repetir os mesmos erros, por não desejar, do fundo de sua alma, ser tóxico. Talvez ele até diga que te ama. Ele possivelmente terá aprendido a se expressar. Ou talvez não.
Talvez você passe um, dois ou três anos esperando o momento em que finalmente as declarações de amor serão recíprocas e ele finalmente responderá o seu “eu te amo” com um “eu também”. Com sorte, você não precisará esperar seis ou sete anos para ouvir ou receber uma declaração de amor mínima, feita pelo simples peso na consciência de nunca tê-la feito. Talvez ele realmente tenha aprendido a fazer tudo diferente e você não se sinta no vácuo e então não precise enfrentar o fim de um relacionamento sem uma única carta de amor para jogar fora, ou queimar, ou qualquer desses rituais de encerramento que corações partidos às vezes fazem.
Desejo que você não precise enfrentar acessos de fúria, raiva e, o pior de todos, silêncio duro, dardejante e indefinido. O tratamento de silêncio que te deixará em desespero, por alguns dias, ou algumas semanas, com inúmeras tentativas frustrantes de reestabelecer algum contato e, de alguma forma, consertar o que quer que você tenha feito para deixá-lo assim.
Quem sabe você tenha mais amor próprio do que eu e aprenda a se levantar da mesa quando o pouco amor servido já estiver frio e o único prato disponível for a solidão a dois. Talvez, com você seja diferente, ou talvez você apenas queira acreditar que seja, afinal, nós sempre somos especiais e nosso amor é sempre mais verdadeiro.
A você, toda a minha solidariedade, sororidade e boa sorte.