sábado, 31 de outubro de 2009

Idiota

Não é preciso algo estupidamente idiota, basta que seja você que tenha feito e então será algo muito idiota (ao menos aos olhos seus). Sim, ninguém reparou que foi idiota, apenas você, mas é idiota. Todo mundo faz, mas só quando  é você quem está fazendo, é algo realmente idiota. E então você passa o dia todo pensando que não deveria ter feito aquilo e você se sente ainda mais idiota mesmo sabendo que não foi idiota de fato, mas isso não faz com que você se sinta menos idiota. É impossível esquecer o quão foi idiota, ainda mais deixar de imaginar o quão idiota alguém deve estar pensando que você é mesmo sabendo que ninguém está interessado nas suas idiotices imaginárias. Já é impossível  lembrar quantas vezes você se xingou de idiota, de tão idiota que foi em pensar que está sendo idiota. Quanta idiotice!

domingo, 25 de outubro de 2009

Once upon a time...

The sky is blue
when something comes true
the sky is grey
when there's nothing to say
We can see the moon
when something good is coming soon
we can dance with the stars
reflecting the tears
when there's nothing to fear
We can hold the sea
'cause our arms are bigger
than eyes can see

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Escolha inconsciente

Se eu pudesse, eu faria uma escolha, como quando você está cansado de uma operadora de celular e, sem o contrato de fidelidade vigente, resolve mudar para outra que te oferece mais vantagens, ou como quando você escolhe a roupa que vai vestir, o que é que vai almoçar e o sabor do suco. Como quando escolhe o destino de viagem nas suas férias ou como quando escolhe a profissão que vai seguir e decide que rumo tomar. Se fosse possível, eu saberia exatamente para onde direcionar tudo isso, o mais estranho é saber o quanto eu gostaria que fosse possível fazer essa escolha, o quanto eu me foquei para que ela acontecesse e o quão frustrante foi o resultado.


Quando se fala de coração, a referência não é meramente simbólica, os sentimentos a ele relacionados são comumente impalpáveis à matéria, mas não são imperceptíveis ao músculo pulsante que bate no meio do peito. As batidas são tão incontroláveis quanto os próprios sentimentos, é nele que sentimos toda a emoção que não podemos controlar ou decidir, apenas amenizar e esperar ir embora a seu tempo, ou então simplesmente observar e alimentar a sua intensificação.


Não é consciente a escolha por quem ou o que  seu coração vai bater mais forte e fará suas pernas tremerem, deixar seu rosto corado ou perder as palavras. Nunca entendi como essas coisas funcionam, eu juro que desejei muito que isso fosse diferente, e então eu saberia o que fazer, quando fazer e como fazer. Mas minha cabeça e meu coração não se entenderam. O cérebro mandou o coração bater mais forte e ele não bateu, mandou as pernas estremecerem e elas não obedeceram, pediu para os meus olhos brilharem e eles não houve um cintilar sequer. Eu quis perder as palavras, mas elas estavam todas na ponta da língua, eu quis andar sobre as nuvens, mas eu só fiz sentir o chão concreto. Nem a grama estava lá, sem relva úmida para espalmar e não haveria no céu estrelas para contar.


E talvez é só por ser inesperada é que se chama emoção, e por ser indomável não anda ao lado da razão. Entre lágrimas e sorrisos é talvez o que faz a vida ser tão intensa. Mas escrevi tudo isso apenas para dizer que se eu pudesse escolher, a escolha seria você.