segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Uma carta não endereçada

Hoje escrevo com o coração um pouco apertado. Isso nem deveria ser um texto e sim uma carta, mas percebo de que não haveria razão para endereçá-la a quem eu sei que não leria o que estou escrevendo aqui exatamente agora.


Não sei por que isso aconteceu, mas de repente eu me vi querendo mais do que aquilo que eu esperava que fosse e foi vivido. Na verdade, foi muito mais do que o esperado e me vi mais envolvida do que deveria estar. Acho que fui até o céu e vi as estrelas de pertinho, mas mal tive tempo de tocá-las e fui obrigada a voltar. Não, eu não queria esquecer, mas como não poderia ser diferente, você me fez ter que esquecer.


Não que eu tenha esquecido, mas já estou naquele processo de quando sabemos que não tem outro caminho. Eu bem sei que é possível, não demora muito, só estou um pouco cansada de ter que passar por esse processo. Cansa, desgasta e tal. Mas que outro jeito? Sabe como é, a gente vive, a gente ri, a gente se diverte, não deixa a vida parar, e quando vê isso já faz parte de um passado bom de se lembrar, mas que não desperta saudades nem vontade de chorar. E então a gente sabe que pode esquecer, porque isso já aconteceu antes.


A primeira vez parece o fim do mundo, depois descobrimos que a vida é tão boa que isso não passa de um leve desconforto.  Ah como eu queria não precisar esquecer... Mas acho até que já estou esquecendo, com a certeza que nada fiz de certo ou errado, simplesmente foi como deveria ter sido: infinito enquanto durou.

2 comentários:

benites disse...

...Pegaram pesado contigo hein? Não fica assim que não é bom :( Beiijo

Unsere Welten disse...

Fui só eu que esperei demais. Lembra que você dizia que não esperava nada pois assim não tinha com o que se decepcionar? Pois é, eu do contrário, involuntariamente acabo esperando! Mas to bem, foi só um desabafo ;) Mas que surpresa! Não esperava você comentando por aqui, saudade docê! Bjo :*