quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Por que não?

Em certos momentos na vida devemos perceber tudo se resume a uma simples pergunta: “Por que não?”. Não é o motivo pelo qual fazer que se deve pensar, mas sim pelo qual não fazer. Não fazer por preguiça? Porque não tem vontade? Isso lá é motivo? A inércia tende a manter um corpo no estado em que ele está, se está parado, continuará parado. Ora, vida parada, vida sem graça! A falta de vontade nada mais é senão a ação da inércia tentando manter-nos na mesmice.


Já fazia dois dias que ela havia retornado daquela fantástica viagem, experiências que sem dúvida, ela jamais esqueceria. Mas ainda estava de férias, e passaria o resto dos dias esperando a volta ao trabalho. Restavam-lhe alguns dias quando recebeu o convite para voltar àquela cidade. Mas voltar? Como assim? Ela havia acabado de retornar e já haveria de sair novamente, e pro mesmo lugar?


A pergunta que lhe veio à mente foi “Por que não?”. Não havia nenhuma resposta convincente o suficiente para impedí-la de partir. Dinheiro não era problema, de que adianta economizar, conter os gastos e nada curtir? Estava quebrada, falida, mas esse não seria o impedimento, afinal, de nada adianta pagar as contas em dia, estabilizar a vida financeira e levar uma vida sem sal e monótona. Falta de planejamento? Decisão repentina? Isso pode ser problema para muita gente, mas não para ela. Analisando todas as circunstâncias, porque não partir repentinamente? Qual é o fator que impede? Ela então partiu.


Partiu e chegou ao mesmo destino, respirando outros ares, encontrando o velho amigo e a surpresa foi saber que mais imprevisibilidades chegavam. Saíram do bar pela madrugada e foram parar em outras cidades a muitos quilômetros dali. Sol, mar, lagoa, sombra e água fresca (mentira! Cerveja, refrigerante e água de côco). E o que era para ser apenas um dia, estendeu-se por dois. Foi por capotar no carro e ele não ter condições de dirigir de volta pra casa. Acordaram para ir embora, mas a atmosfera da ilha da magia foi mais forte e os prendeu ali até o último segundo possível.


Voltaram para casa, e então, para a cidade de pedra. E a cidade os aguardava, calorosa porque as pedras não são frias quando se encontra um lugar para se aconchegar. Entretanto, o clima estava para o que não poderia ser encontrado ali. Voltar para o sol, mar, lagoa sombra e água fresca (ou a bebida que fosse), ela pensou, ele também. E por que não? Eles voltaram. A vida se chama Agora.

Um comentário:

Aleques disse...

Bravissima! La vita è adesso! :D