domingo, 31 de outubro de 2010

Feliz dia das bruxas e infelizes 4 anos subsequentes!

Domingo, 31 de outubro de 2010, mais um dia de eleição que precede quatro anos de merda. Eu vejo as discussões, vejo eleitores inconformados e vejo também eleitores convictos de seus candidatos e me pergunto: de onde vem essa convicção? Eleitores defendem com unhas e dentes seus candidatos e partidos como quem grita e torce por seu time de futebol.


Parece mesmo que estamos vivendo em um grande circo, porque nenhum candidato apresentado é assim tão bom que mereça uma bandeira levantada. Merece sim, no máximo, um “Estou votando em você porque é a opção que tenho, mas não que seja grande coisa”.


Na atual circunstância só vejo alguma esperança em uma total mudança nas diretrizes, e ainda assim, com ressalvas. Não que um candidato diferente fosse fazer uma revolução, mas ao menos seria uma nova carta em jogo, uma nova possibilidade. Mas quando existem interesses pessoais envolvidos, mais vale a lei da conveniência: “Vou levar vantagem se esse candidato ganhar ou perder?” E então o voto já não é pela nação, é pela causa própria.


Após tantas eleições, parece quem ninguém aprendeu que quem perde sempre somos nós. Ganham os candidatos que detém o poder, o partido mais forte, aquele que tem mais condições de aparecer melhor nas campanhas e mais facilidade para comprar votos. Se aparece um candidato com uma nova perspectiva ele é logo descartado porque “as pesquisas mostram que ele não terá chances, então vou votar no fulano que está ganhando, ou no fulano que tem condições de derrotar a fulana.”


A divulgação de pesquisas deveria ser proibida para evitar a influência na hora do voto. Se algum dia aparecer um candidato que te pareça mais plausível, vote nele mesmo que nas pesquisas ele apareça com apenas 1% das intenções de voto. E se nenhum candidato lhe parecer bom, vote nulo.


É incrível como a mídia adora manipular a opinião pública, isso é claro ha muito tempo, e quando chega a eleição, isso fica ainda mais evidente. Mas acredite, anular não é abrir mão do seu direito e nem jogar o voto fora, você está exercendo livremente o direito de manifestar sua insatisfação com as opções que lhe oferecem. Mostrar consciência e exercer a cidadania não é agir como reza a cartilha, mas sim refletir realmente sobre as receitas prontas que te enfiam goela abaixo. Nas próximas eleições, pense nisso.

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