segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe.

Dizem que quando morremos toda a nossa vida pode passar diante dos nossos olhos. Mas não é preciso morrer para que em algum momento decisivo façamos uma retrospectiva de nossas vidas. De repente podemos sentir uma vontade incontrolável de relembrar o passado, reler cartas, e-mails, ver fotos antigas e observar as mudanças de percurso, pensar nas pessoas que entraram e saíram de nossas vidas, nos cursos que fizemos, nos estudos, trabalhos, além de tudo o que não fizemos. Tanta coisa passou, tanta coisa mudou, e fosse bom ou fosse ruim, nada ficou exatamente no lugar.


Quem nunca encontrou uma antiga carta, um e-mail, um diário e sentiu-se envergonhado por um dia ter sido capaz de ter escrito aquilo? Quem nunca olhou para o passado e percebeu que teria feito muita coisa diferente? O amadurecimento nos permite refletir, repensar e aprender com nossos próprios erros e acertos. Daqui a um, dois, dez ou trinta anos, poderemos ser capazes de olhar para os dias de hoje e ter exatamente a mesma sensação.


É observando esse percurso que percebemos o quanto já mudamos e podemos ter a certeza do quanto ainda vamos mudar. Quando um sentimento nostálgico invade a alma e toma conta dos pensamentos e emoções em todos os aspectos da vida é que a máxima de que não há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe se faz compreender.

6 comentários:

Isabelle Werner disse...

realmente nao é preciso estarmos morrendo para lembrarmos de coisas e momentos felizes e treistws que aconteceram em nossas vidas, podemos fazer isso diariamente é tao bom ficar lembrando daqele beijo roubado ou de um abraço bem apertado, porem é também necessario lembrarmos de brigas para que nao se repitam mais..carpie dien

Enéas B. Barbosa Silva disse...

penso estar envelhecendo - tudo se repete em uma velocidade assombrosa - no cuidado da observação dos movimentos alheios: nem o levantar de uma dama me trás mais graça. enjoei de tudo dos beijos dos abraços do sol pela manhã e da chuva à tarde - também os assuntos se perderam ao vento pela pura indiferença dos fatos - passei à estar contaminado pela indiferença pelo egoismo poderia dizer - pelo espelho - mas cansei de velo também sim o meu próprio eu - acho que são o conjunto das minhas derrotas ou a totalidade de minhas vitórias o que há após o cume de uma montanha ou do percurso de um rio.
Pois, agora vou de encontro a minha própria alma na noite do último dia com uma fogueira e meus juízes sejam eles quais forem - ce lá, deve haver algo do outro lado das frágeis ilusões.

João Carlos disse...

Justamente por ja conhecermos esta mensagem, deixem as picuinhas de lado e se entendam porque o tempo passa e pode ser que não tenhamos tempo de reparar ainda nesta vida.

Adriano Tardoque disse...

No olho do furacão, não sentimos gosto, cheiro, textura ou sabemos o tom. Tudo sopra violentamente. E somente teremos a dimensão das coisas, quando o vento parar e tivermos que reconstruir. Melhor se antecipar, não perder o momento, o tempo. E se for pra se jogar no vento, que seja como uma ave ou uma pipa.

gfh disse...

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Neivo disse...

Os provérbios, ditos e chavões muitas vezes carregam na íntegra a sabedoria popular. Servem de intertexto para ilustrar outros escritos. No caso de, "não há mal que nunca acabe,... mostra como os fatos e as coisas se alternam na vida das pessoas. Nada mais é definitivo. Tudo é relativo, passageiro, Sobre isso é muito procedente o que o fantástico livro Eclesiastes (bíblia) diz: "Tudo é (são) vaidade(s). Uma corrida atrás do vento". Infelizmente nem sempre temos o livre arbítrio de optar entre o bem e o mal, "entre isso ou aquilo".