quinta-feira, 12 de julho de 2012

Mais um caso de amor

Ela caminhava observando o local, olhava admirada tudo o que estava à sua volta, alguns flertes eram inevitáveis, e ela gostava, sentia-se atraída, mas continuava apenas a observar. Foi quando ela o viu. Tudo ali, de repente, pareceu-lhe escuro e apenas ele se destacava à sua frente. Caminhou em sua direção, fez menção de tocar-lhe a fronte, mas hesitou, recolheu a mão, o braço, olhou para baixo e se virou na direção oposta. Ele então lhe disse:


– Não vá embora, fique. Eu estava esse tempo todo esperando por você.


– Eu não posso... – ela respondeu.


– Por quê? Eu bem vi como você me olhava.


– Eu simplesmente não posso!


– Mas eu sei que você me quer, pense nas noites incríveis de prazer que podemos ter juntos.


– Eu, eu... não tenho tempo para isso!


– Ora, claro que tem, eu bem conheço o seu tipo, e sei que você não resiste a tipos como o meu.


– Você não sabe o que está dizendo...


– Ora, claro que sei! Vamos, aproxime-se, venha, veja como sou bonito, robusto... mas, o mais importante, eu também tenho conteúdo e muito a lhe oferecer.


– Você me provoca...


– Não resista... vamos embora daqui juntos, você não vai se arrepender.


– Você deve saber que o meu coração não pode ser de um só.


– Eu sei aguardar o meu momento, eu sei esperar, logo você perceberá quanto tempo perdeu até me encontrar.


Ela não podia resistir, sabia que ele estava certo. Eles sempre estão certos, mesmo que não dure muito, sempre valia a pena a experiência, era algo irresistível, incontrolável. Ela não podia mais aguentar e o agarrou. Após os momentos de admiração mutua, levou-o consigo.


Quando ela chegou ao seu quarto, ela ainda estava abraçada a ele. Com carinho, disse-lhe.


– Mal posso esperar para estar só com você.


Acariciou-o e colocou-o junto aos outros na estante. Logo após, voltou para a cama e pegou o outro livro que a esperava ansiosamente por mais uma noite de puro prazer.