sexta-feira, 9 de junho de 2006

Limite da palavra

Eu me pergunto porque é que ainda insisto em escrever, é compulsivo, a cada entrada no meu blog penso que ela será a última, mas a necessidade de escrever logo chega tempos depois. O motivo me é estranho, pois pouca gente lê ou tem o interesse de ler o que é escrito aqui, é um diário online, um desabafo ao vento com palavras concatenas em alguma linha de pensamento.

 

Palavras... elas podem ser tão insignifcantes quanto magestosas, mas é nelas que aprendi a desenvolver meu pensamento. Escrevendo ou pensando, usamos palavras, sempre palavras, elas estão na ponta de nossa lingua, da caneta, vagando por nossas mentes e estamos presos nessa forma de linguagem, limitados ao que as palavras são capazes de expressar.

 

Mas as palavras nem sempre existiram e o que temos a mostrar é muito maior do que as palavras são capazes de externar. Palavra é uma limitação de nossa capacidade de expressão. Eu falo quando quero abraçar, escrevo quando quero falar olho no olho, grito quando quero silenciar em beijo e xingo quando na verdade quero dar um belo soco!

 

Se me perguntas como estou, não responderei, em minha mais profunda introspecção de emoções, sejam elas positivas ou negativas, não existem palavras para expressar. Nesse momento sinto uma angústia da qual não sei falar e minhas limitações não me permitem agir. Me faço conhecer pelas palavras e a essência através dos meus olhos poucos se arriscaram a encontrar.

 

A você, amigo e leitor do meu blog, faço-te um convite íntimo: invada meu espaço, mergulhe nos meus olhos e descubra cada gesto, cada suspiro, cada ação, saiba tudo de mim sem que eu diga qualquer palavra.

 

Tu tens coragem de encarar o desafio?

Um comentário:

Andresa disse...

Sou mais ou menos assim tbm... escrever e escrever sempre. Mesmo que saiam coisas desconexas, escrever é algo meio impulsivo, e ajuda. :P