quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Andarilho

Eu confesso que nunca entendi embora sempre tenha admirado desde o primeiro instante em que conheci. No começo entendi tudo errado, até que percebi que aquela admiração era pelo que ele cativava. É bem verdade que ele era capaz de fazer suspirar as moças que atravessavam seu caminho, mas nenhuma delas era para ele e nem ele para elas. Seu amor estava além disso, ele amava o mundo e tudo que nele continha.


Aprendi a observar de longe, a sentir, não porque havia alguma ligação direta, mas simplesmente por captar a sintonia em que vibrava. E mesmo após partir, continuei observando, seguindo os passos com a mente, absorvendo o que poderia me ensinar mesmo sem saber. Uma alma que não é especial por ser diferente, é uma alma em busca de sua iluminação, de seu propósito, é especial por ser quem é.


Não compreendo os motivos, as razões e tampouco intento seguir os mesmos passos, porque o caminho que a ele pertence não chega perto do meu, nem mesmo tangencia, apesar de em um certo ponto os caminhos terem se cruzado. Mas admiro, admiro porque faz o que sabe que precisa fazer e faz sem medo, encontrou seu caminho na terra, e se não encontrou, sabe como procurar. Admiro, respeito e observo os passos de um andarilho.

2 comentários:

Gabriel disse...

Olá! Não sei de quem é a autoria desse texto, mas postei no meu blog como referência a uma anlise minha sobre a concepção de andarilho pela sociedade. Abraços!

Unsere Welten disse...

Como não sabe? É minha ;)