quinta-feira, 2 de julho de 2009

As palavras

Já dizia Pessoa que o poeta é um fingidor. Eu não sou poeta, e não sei dizer se estou fingindo. Eu escrevo melhor do que falo, de forma a controlar cada expressão e cada verbo conjugado no que quero que seja lido. Não que o que eu escrevo seja interpretado como na intenção da escrita, mas pode-se dizer que é comum encontrar as palavras de acordo com meu estado de espírito. Mas sendo a forma verbal uma limitação da capacidade de expressão e cada frase é calculadamente composta, então eu sou uma fingidora, e o único modo de conhecer o que está escrito por detrás das linhas é aprendendo a ler os olhos de quem as desenhou.

Um comentário:

marinices disse...

minha amiga poeta :)