terça-feira, 15 de junho de 2010

Salvando o mundo

Eu quero salvar o mundo, ao menos desejo isso. Afinal, dizem que querer é poder, e nesse caso não creio que seja bem verdade, ao menos não apenas um querer solitário. Talvez só ato de levantar a bandeira do verde e andar com uma caneca pendurada no pescoço durante uma reunião de preservação do meio ambiente não ajude, mas adquirir uma consciência um pouco mais ampla pode ser um bom começo.


Já dizia o velho ditado que nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo, e eu acredito piamente nisso, de verdade. Acreditar em algo e realmente lutar pelo que acredita é sempre válido, ainda que a ação não resulte em muita coisa, afinal, sempre há tempo (ou não) pra acordar, perceber algo errado e então mudar/melhorar a atitude.


Eu não deixo a torneira ligada enquanto não estou usando, não jogo lixo na rua (cidadania é o mínimo), mas não tomo um banho de 5 minutos (preciso relaxar num banho quente e pra isso 15 minutos se fazem necessários). Opto pela reciclagem, não jogo óleo pelo ralo, mas não pago mais caro para comprar algo ecologicamente correto.


Parece que o mercado do meio ambiente tornou-se bastante lucrativo e falar do efeito estufa virou moda, mas não existe nenhuma objetividade nas ações.  Produtos reciclados, retornáveis, biodegradáveis e afins deveriam estar no mesmo preço ou mais barato que produtos não ecológicos, afinal, ecologia não é luxo e nem deve servir apenas para fazer uma limpa na consciência escondendo a sujeira debaixo do tapete.


“Não desperdice água!” ouço dizer.  Se todos colaboram, realmente preservaremos água. Mas... “compre apenas produtos reciclados!”, não isso não funciona! Não enquanto o mercado não estiver  voltado pra isso. Se a grande massa não tiver acesso e apenas um grupinho “ecologicamente correto” puder pagar mais caro por isso, não vai funcionar mesmo. Faço o que posso, mas hipocrisia tem limite.


E por favor, desligue a torneira quando você estiver escovando os dentes, você realmente não precisa dessa água escoando inutilmente enquanto lustra os dentinhos. Também não jogue lixo na rua (a menos que você faça isso também na sua casa, ninguém pode te culpar por ser porquinho!). Do resto, faça como a consciência mandar, e isso vale principalmente para seus valores éticos e morais, seja honesto! Corrupção e hipocrisia poluem mais que óleo despejado no rio.

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