domingo, 22 de dezembro de 2019

Saudade é um negócio que dói

Saudade é um negócio que dói. Mas existe aquela saudade boa, da distância física mas de proximidade emocional, correspondida, que é amenizada com mensagens, cartas, telefonemas, uma chamada de vídeo, trocas que transformam o próximo encontro em uma explosão de amor. 

Existe aquela saudade dos que já se foram, que não pode se suprida de forma alguma, em que nada há a fazer se não deixar às lágrimas fluírem, e esperar que o tempo amenize a dor que cada cheiro, cada lugar, foto e lembrança traz pela memória afetiva, até que a ausência não mais machuque profundamente na alma.

Há também a saudade que magoa, que vem só de um lado, não há reciprocidade. Uma saudade que se sente sozinho, que se chora sozinho, sem ter como matá-la nem enterrá-la porque a outra parte não se foi, mas não te quer mais por perto. É uma saudade cruel, solitária, cheia de lembranças e memórias que apertam o coração e enchem os olhos de lágrimas com a dor da rejeição, e não há o que fazer se não esperar que morra sozinha, porque a outra parte decidiu seguir em frente sem você. 

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