Um dia comum atípico

Um dia de trabalho, eu estou com sono, a Sandra está capotando. Olho o diário oficial e constato que não saiu minha nomeação, nenhuma posse, alguns cadastros e uma mesa bagunçada. Refletindo sobre o projeto de instalação, converso por email com o Excelentíssimo Senhor Rodrigo Psycho Benites, este por sua vez, muito mal educado, mandou-me dormir, até que não era má ideia, mas dormir nas vistas de todos não seria uma coisa muito boa de se fazer. Após eu ligar para o Senhor Paulo Adolfo Culto da Silva e perguntar sobre uma poesia de Fernando Pessoa,  Sandra comenta: "Estou com sono" e eu respondo "Meu amigo me mandou dormir". 

 

Reunindo nossas idéias e a imensa vontade de receber a visita de João Pestana, elaboramos um interessante projeto que ainda está em fase de estudo, mas se ele der certo, as pessoas poderão dormir durante o espediente sem que ninguem perceba. Observe nas fotos abaixo como estamos dormindo, mas quase ninguem percebe, você não perceberia se eu não tivesse lhe falado, ainda ganharemos rios de dinheiro com esse produto. Após acordar sem ninguem perceber que estavamos dormindo, voltei aos cadastros.

 

Hora de ir embora, hora de aula. Começa um debate em sala de aula, precisamos acabar com a plutocracia nas artes. Os ânimos se alteram, histerismos desnecessários ocorrem por toda a parte, um verdadeiro caos se instala na sala de aula. Rodrigo, que estava calmo até então, começa mostrar toda a sua inquietação, com o calor das emoções seus nervos não se contém e ele  revela todo seu lado Psychopath, que ele tenta esconder todos os dias, mas a máscara sempre cai, mais cedo ou mais tarde. E no auge da discussão,  Psycho, quase explodindo como uma panela de pressão e vermelho como um pimentão, solta toda a sua indignação: "é tudo uma questão de justificativa de gastos!"

 

Encerramos o dia com essa conclusão: tudo, na verdade, não passa de uma questão de justificativa de gastos.

 

É isso ai.