sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tons de cinza sem estrelas

Eu fechei os olhos e quando abri tudo estava diferente, ou talvez foram os meus olhos que haviam mudado. Senti saudade daquela casa que não era muito grande, mas um perfeito refúgio para sonhar. Quando olhei para o céu, eu descobri que apesar de vivermos sob o mesmo sol e olharmos para a mesma lua, nós não conhecemos as mesmas estrelas. Aqueles homens não viram o que eu vi, e agora as luzes que me cercam ofuscam as constelações. E num ritmo incessante as multidões passam despercebidas aos diversos tons de cinza que cobrem os caminhos pisados sem nenhuma consciência. No meio de tanta mediocridade e dos aborrecimentos que essa consciência carrega, já não sei mais se o pior é saber que não se sabe ou não saber o que se pode conhecer.

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